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  • Foto do escritorMarcelo Smeets

Tsudoku - Ou Vixe! Quantos livros na minha estante que eu ainda não li



Livros, pra que te quero? A resposta óbvia é: “para ler”. Mas as coisas nem sempre são muito óbvias. Todo amante da leitura e de livros costuma ter muito mais livros em sua estante do que é capaz de ler. Caso você tenha algum sentimento de culpa por isso, é o momento de olhar sob outra perspectiva.


A palavra japonesa tsudoku é usada para representar aquela pilha de livros que você tem e ainda não leu. Mas você não está só. Teria, por exemplo, a companhia do excepcional escritor e semiólogo italiano Umberto Eco (1932-2016). Ele possuía uma biblioteca de mais de 30 mil volumes, mas admitiu que se lesse um livro por dia (o que não é comum ou possível em vários casos) dos dez anos de idade até os oitenta, teria lido 25.200 livros. Faltaria ler ainda 4.800 volumes.


O benefício de haver muitos livros que você ainda não leu é ter esses exemplares constantemente dizendo a você: “ainda há muito o que aprender”. Isso gera humildade intelectual. Ainda que já tenhamos lido muito, há vários títulos sobre os quais gostaríamos de nos debruçar e que nos lembram de que há uma infinidade de coisas que não sabemos.


Outro fator relevante a considerar é que livros geram o prazer de folhear, cheirar, visualizar. Ou seja, ter livros em casa é um grande prazer. Estudos apontam que crianças que crescem em lares nos quais há livros por vários cantos são mais sociáveis e mais capazes de lidar com a língua e com números.


Ter uma tsudoku em casa é uma demonstração de que você ama ler e valoriza o saber, mas com a humildade de quem sabe que não sabe. Escolha mais um livro da sua pula para ler. Talvez você compre mais dois para aumenta-la. Procure apenas ter algum limite para os gastos. Leia seus livros e curta muito mesmo os que ainda estão para ser lidos. Eles também são seus companheiros no prazer da leitura.

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